Na análise da principal matéria referente à Lavagem do Bonfim, da edição do jornal do dia 7 de janeiro, observamos que a questão levantada foi à participação ou não dos jegues, cavalos e outros quadrúpedes na festa, em 2011, realizada dia 13.
Segundo dados do texto de Alexandre Lyrio, as ONGs Terra Verde Vida, Célula Mãe e Animal Viva, com a comissão de direitos dos animais da OAB-BA, consideraram que se os bichos participassem do festejo seriam submetidos a um grande estresse, além de esforço físico, sons, açoites e alta temperatura. Foram considerados culpados, Prefeitura de Salvador e Saltur. O lado religioso foi esquecido, tirando o foco do ato de os fiéis irem até a Colina Sagrada, no Bonfim.
A foto de um jegue enfeitado ilustrava a reportagem. Na legenda estava escrito - Presença dos enfeitados quadrúpedes está novamente ameaçada na Festa do Bonfim. Uma demonstração que o tema relevante dizia a respeito aos animais. Nesta primeira reportagem, intitulada Será que agora dá Zebra?, A guerra dos ambientalistas/OAB X Prefeitura/Saltur foi colocada em evidência.
Um dos artifícios usados pelos defensores dos bichos era a utilização do documentário Os Animais na Terra da Felicidade, que mostra imagens do festejo do ano passado. Com isso, os ambientalistas queriam comprovar a falta de fiscalização, e que os maus tratos eram evidentes. Uma ação civil pública foi impetrada para obter êxito na proibição dos bichos, tendo como réus a Prefeitura e a Saltur.
Ao ler o texto, percebemos que a preocupação no tratamento é com os animais na tradicional festa. Enquanto, a importância do ato religioso em si não foi questionada em momento algum no texto referido.
O outro lado da história da participação dos quadrúpedes na festa do Bonfim teve um pequeno destaque na edição do dia 7 de janeiro. Sob o título Isso é moral de jegue, a matéria secundária trata do posicionamento dos proprietários de carroças e donos de eqüídeos, diferentemente do texto principal, que só levou em consideração a luta dos ambientalistas contra os possíveis maus tratados aos animais.
Foi levantado o tradicionalismo das carroças na festa como folclore no Estado. Os carroceiros consideraram o impedimento um absurdo, até mesmo porque a história de prêmios com a ajuda dos animais não é esquecida pelos antigos participantes.
Ao contrário do que os ambientalistas tentaram demonstrar com o documentário, Valter Lesa, carroceiro citado na matéria, afirmou que nunca viu nenhum animal sendo mau tratado que lhe chamasse atenção. O carroceiro relata que a proibição é um insulto ao folclore baiano. Algo compreensível, por ser um tema do seu próprio interesse.
O dono do jegue Pagode, Móises Cafezeiro, também participou da reportagem como incentivador de uma reunião entre carroceiros e cavaleiros de todo o Estado, sob a alegação de tentar reverter liminar dos ambientalistas.
Os donos dos animais se organizavam para construir documento declarando que o tratamento dado aos quadrúpedes é correto. Ao informar que oferecem água para os animais beberem, os proprietários dos jegues e carroças visam se eximir de qualquer responsabilidade apontada pelos antigos participantes.
Ao contrário do que os ambientalistas tentaram demonstrar com o documentário, Valter Lesa, carroceiro citado na matéria, afirmou que nunca viu nenhum animal sendo mau tratado que lhe chamasse atenção. O carroceiro relata que a proibição é um insulto ao folclore baiano. Algo compreensível, por ser um tema do seu próprio interesse.
O dono do jegue Pagode, Móises Cafezeiro, também participou da reportagem como incentivador de uma reunião entre carroceiros e cavaleiros de todo o Estado, sob a alegação de tentar reverter liminar dos ambientalistas.
Os donos dos animais se organizavam para construir documento declarando que o tratamento dado aos quadrúpedes é correto. Ao informar que oferecem água para os animais beberem, os proprietários dos jegues e carroças visam se eximir de qualquer responsabilidade apontada pelos ambientalistas.
Ao relatar o sofrimento dos animais Os Animais na Terra da Felicidade, mesmo em tamanho menor em relação às outras, o texto trata com riqueza de detalhes o que é passado pelos jegues, mulas e cavalos no percurso da Festa do Bonfim.
O filme relata, em 22 minutos, os excessos cometidos contra os puxadores de carroças, além conter depoimentos de juristas, advogados, veterinários, criadores de animais e da própria população.
Nas primeiras matérias desta edição, não é observada que o lado de cada um dos interessados na briga: ambientalistas/OAB X Prefeitura/Saltur/proprietários dos animais está separada. No entanto, o tema em questão, o tratamento dado aos animais, só é bem discutido em uma matéria sem destaque – Maus tratos em vídeo.
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